quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Pense...

Qual será o dano ao turismo provocado pela retirada, à moda Taleban, da imensa estátua do Cristo Redentor que ofende os não-católicos que olhem para cima na antiga capital do país?
O Ministério Público Federal (MPF) mandou tirar os crucifixos das repartições do estado de São Paulo, alegando que a sua presença ofenderia os não católicos. Mas... será que não deveríamos, então, falar do estado de "Seu" Paulo? Mais ainda, do estado do inominável, na medida em que São Paulo, em homenagem a quem o estado foi batizado, ops, nomeado, só recebeu esta homenagem por ter sido apóstolo cristão?
Os judeus ortodoxos dão graças a Deus todos os dias por não terem nascido não judeus ("gói"). São Paulo, ou "Seu" Paulo, escreveu que "não há mais judeu nem grego". A julgar pelo pensamento do MPF do estado Tal, deve haver um monte de suscetibilidades feridas nesta história. Melhor mudar o nome do estado. Ah, Santa Catarina também dança, assim como todas as cidades com nome de santos. O Estado do Amazonas, que recebeu este nome em homenagem a um povo da mitologia grega, também pode ofender quem não acredita nele. O Rio de Janeiro, por trazer no nome do mês (que também teria que mudar) uma referência à divindade romana Janus, o deus de duas caras, também deve provocar comichões e abespinhar suscetibilidades. Ih, qual será o dano ao turismo provocado pela retirada, à moda Taleban, da imensa estátua do Cristo Redentor que ofende os não católicos que olhem para cima na antiga capital do país?
Creio ser bastante evidente, para quem não faz parte de uma minoria ínfima de gente cuja sensibilidade à flor da pele torna a convivência cotidiana um exercício de masoquismo e suscetibilidades feridas, que o MPF pisou na bola. Epa, eu não gosto de futebol. Devo proibir esta expressão? Não. Se eu não gosto de futebol, o problema é meu. Não posso me ofender com a onipresença do jogo e de suas metáforas.
Ainda mais que futebolista, contudo, a nação brasileira é culturalmente católica. Os nomes de santos são os nomes das pessoas, e a própria noção de bem e de mal é definida em moldes católicos; podemos mesmo dizer que o padrão da sociedade é católico.
Para a imensa maior parte dos brasileiros, católicos ou não, um crucifixo é um símbolo da Justiça, do Bem. Ver uma ofensa a outras crenças na presença de um crucifixo implica necessariamente em vê-la nos nomes de estados e cidades, nos nomes próprios das pessoas, na organização social do país, nos dias da semana, nos meses, no preâmbulo da Constituição Federal...
Querer proibir a presença do crucifixo implica em querer proibir um dado constitutivo da própria nacionalidade brasileira, importar uma noção a nós estranha do que seja a Justiça, o Bem, o certo e o errado. O Brasil não surgiu nem subsiste em um vácuo; temos uma cultura própria, com base lusitana e católica, que independe até mesmo da própria religião seguida por cada brasileiro.
O brasileiro protestante, o brasileiro espírita, o brasileiro judeu, muçulmano ou ateu é em grande medida culturalmente católico. Cada um deles passou a vida dentro de uma sociedade que define seus padrões de comportamento dentro de uma matriz católica e que não pode ser explicada ou compreendida sem constante referência à catolicidade de sua origem, bem como à língua portuguesa, a costumes africanos e indígenas etc.
Ofender-se com símbolos católicos significa, em última instância, ofender-se com o Brasil, significa negar as origens e a presença da cultura brasileira, com todos os seus matizes. Mais ainda: para desgosto dos católicos mais ortodoxos, a percepção brasileira típica destes símbolos católicos frequentemente é operada em chave sincrética, vendo nos santos orixás africanos ou entidades espíritas.
O que neles não se vê, o que apenas o MPF vê, é um instrumento de proselitismo católico. Um crucifixo não faz de um lugar ou de uma pessoa algo católico, tal como o Rio Amazonas não leva ninguém a tomar como verdade a mitologia grega. As imagens sacras, no Brasil, são percebidas como símbolos do Bem e do Justo, não como afirmações de uma dada fé. Melhor seria se o MPF deixasse de lado esta estranha "cruzada" contra os crucifixos e procurasse fazer o bem e promover a justiça.
Carlos Ramalhete é filósofo e professor.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A ressurreição

A RESSURREIÇÃO

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJcAMG2IvWmC5_qMkgtKf7KAagjE-I_AniQDcFEXE6oQnw7iSOLQCUAbAtwVNNvQWIb-o71eYrRha6txyA13JRIIYVy6WZM6-r5BFwg5lUmBztjeGivqRDLxPFrCGYApt_8u19fYaqjWU/s200/Retratos+da+Inglaterra+e+outros+_.jpg
2 - Some of you will know a lot about the results of modern biblical scholarship, but others not. So let me start with some basics. The first thing to be said is that the scholars differ among themselves about most things. When we take account of their work we have left the firm ground of unquestioned certainties, which we all instinctively prefer, and we've entered the inevitable uncertainties of historical research. There is however a central area of very wide consensus among reputable scholars, although even here there is always someone somewhere who differs on some point.
But there is nevertheless a broad central consensus.
2 - Você saberá muito sobre os resultados das pesquisas sobre os estudos bíblicos modernos Deixe-me assim começar com alguns princípios. A primeira coisa a ser dita é que os eruditos diferem entre si e sobre a maioria de coisas. Quando nós tomarmos em consideração seu trabalho em que nós deixamos a terra firme das certezas inquestionáveis, que nós todos preferimos instintivamente, isto é , as incertezas inevitáveis que nós incorporamos, da pesquisa histórica. Quando deixamos de lado esta certeza absoluta da verdade, vemos que há entretanto uma área central do consenso muito largo entre eruditos respeitáveis, embora mesmo aqui haja sempre alguém em algum lugar que difere em algum ponto. Mas há não obstante um consenso central largo.
;"Neste parágrafo não se coloca em questão se é verdade ou não o que se lê nos Evangelhos. A questão é que é positivo sairmos da comodidade das "certezas incertas" simplesmente não ignorando as diferenças entre os evangelhos e partir para tê-las como um motivo a mais para entender o desenvolvimenbto das reflexões de J. Hick sobre a metáfora do deus encarnado; se estas diferenças e outras incongruências tradicionais o incomodam como a mim. SRB

A RESSURREIÇÃO

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2 - Some of you will know a lot about the results of modern biblical scholarship, but others not. So let me start with some basics. The first thing to be said is that the scholars differ among themselves about most things. When we take account of their work we have left the firm ground of unquestioned certainties, which we all instinctively prefer, and we've entered the inevitable uncertainties of historical research. There is however a central area of very wide consensus among reputable scholars, although even here there is always someone somewhere who differs on some point.
But there is nevertheless a broad central consensus.
2 - Você saberá muito sobre os resultados das pesquisas sobre os estudos bíblicos modernos Deixe-me assim começar com alguns princípios. A primeira coisa a ser dita é que os eruditos diferem entre si e sobre a maioria de coisas. Quando nós tomarmos em consideração seu trabalho em que nós deixamos a terra firme das certezas inquestionáveis, que nós todos preferimos instintivamente, isto é , as incertezas inevitáveis que nós incorporamos, da pesquisa histórica. Quando deixamos de lado esta certeza absoluta da verdade, vemos que há entretanto uma área central do consenso muito largo entre eruditos respeitáveis, embora mesmo aqui haja sempre alguém em algum lugar que difere em algum ponto. Mas há não obstante um consenso central largo.
;"Neste parágrafo não se coloca em questão se é verdade ou não o que se lê nos Evangelhos. A questão é que é positivo sairmos da comodidade das "certezas incertas" simplesmente não ignorando as diferenças entre os evangelhos e partir para tê-las como um motivo a mais para entender o desenvolvimenbto das reflexões de J. Hick sobre a metáfora do deus encarnado; se estas diferenças e outras incongruências tradicionais o incomodam como a mim. SRB

Casamento anulável

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O casamento anulável é aquele em as partes ao convolar núpcias, contamina o ato com vícios sanáveis (defeito de idade, ausência de autorização do responsável legal, vício de vontade, erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge, conforme dispõe o art. 1550 e seguintes do Código Civil de 2002).
Estes vícios, por não serem de ordem pública, podem ser convalidados tanto pela vontade das partes e quanto pelo decurso de prazo, sendo que para cada hipótese de anulabilidade há um prazo decadencial correspondente. Enquanto não for anulado, o casamento será válido e produzirá todos os seus efeitos jurídicos.
Para atacar a validade do casamento anulável é necessária a propositura da ação anulatória, por aqueles que exclusivamente tenha interesse no ato. A sentença que decreta anulação do casamento retroage à data do ato.

Fonte: FONTE: CC/02 art.1.550 e seguintes
Obs: Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br.

Uma aventura na Moda: Um presente da minha amiga Maureen_nutri

Uma aventura na Moda: Um presente da minha amiga Maureen_nutri

domingo, 22 de março de 2009

DOMINGO

Mais uma semana se inicia.Leio com ternura a página enviada por um amigo "Oficialmente velho"de Leonardo Boff sobre a chegada dos seus sessenta anos. Filosofia auspiciosa. Ao se chegar à terceira idade nada é mais devastador do que a opinião da sociedade em geral, que coloca um sinal amarelo na trajetória de vida dos mais idosos. As notícias enfatizam a negatividade da idade maior. As pesquisas sempre pedem e apontam as opiniões dos mais jovens , na maioria das vezes o que pensam e aconselham os de idade maior não têm o peso daquelas opiniões. Ser da terceira idade é muito mais do quer ser "vovô e vovó", não que não seja maravilhoso e compesador sê-los. É, talvez, compreensível quando a reflexão vem de pessoas muito jovens, porém inaceitável se parte de alguém mais adulto. Como diz a letra da canção:
"A vida não pára, a vida não pára não,
mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma,
mesmo quando a vida pede um pouco mais de calma,
a vida não pára não, a vida não pára não..."